• Material

Sangue

• Rotina

Diária

• Resultado

2 dias

• Coleta

Jejum não necessário.

• Interpretação

Os testes sorológicos para COVID-19 são testes para detecção de anticorpos das classes IgA, IgM, e IgG produzidos pelo organismo após a infecção pelo Coronavírus 19. São exames que podem ser utilizados para auxílio diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2, desde que suas restrições sejam conhecidas e os resultados interpretados corretamente. Principais restrições: Possibilidade de falso negativos, devido a janela imunológica de cerca de 7 a 10 dias após o início dos sintomas, podendo se estender até mais que 20 dias; Possibilidade de falso positivos, devido a interferência por anticorpos heterofilos e reações cruzadas, em caso de infecção por outros vírus; A performance do teste é variável de acordo com o teste utilizado, uma vez que não há padronização entre fabricantes em relação ao antígeno e à metodologia empregados. De uma forma geral, os testes ELISA e quimioluminescência apresentam desempenho superior aos testes imunocromatográficos (rápidos). Avaliação de imunidade: ainda não há comprovação de que o surgimento de anticorpos IgG está associado com imunidade contra o SARS-CoV-2. Interpretação e orientações: Resultado reagente: deve ser avaliado mediante a clínica a epidemiologia do paciente, levando em consideração a possibilidade de reação cruzada ou interferência em pacientes com infecção por outros vírus. Resultado não-reagente: deve ser considerada a possibilidade de resultado falso-negativo por quantidade insuficiente de anticorpos e principalmente devido à janela imunológica. É indicada a realização de RT-PCR para SARS-CoV-2, ou painel para detecção de múltiplos microrganismos em amostras respiratórias, ou repetição do teste sorológico em nova amostra, de acordo com a disponibilidade dos testes e julgamento médico. Indicações: Avaliação de retorno ao trabalho para profissionais de saúde com suspeita de COVID-19, a partir do sétimo dia de sintomas. Neste contexto, um resultado não-reagente não descarta a infecção, sendo necessário realizar RT-PCR. Pacientes com quadros respiratórios graves e suspeita de COVID-19, com sete ou mais dias de sintomas, quando o resultado do exame de RT-PCR ainda não está disponível. Neste contexto, um resultado não-reagente não descarta a infecção. Estudos epidemiológicos referentes ao percentual de pessoas expostas na população e que já desenvolveram anticorpos. Segue abaixo sugestão de algoritmos diagnósticos para as duas primeiras indicações do exame. O teste oferecido pelo Kury Laboratório: No Kury Laboratório, a pesquisa de anticorpos anti-SARS-CoV-2 é realizada pelo método ELISA. O kit detecta anticorpos das classes IgA e IgG. Anticorpos IgA são considerados marcadores sensíveis de infecções das vias respiratórias. De fato, a validação realizada no Kury Laboratório demonstrou uma maior sensibilidade do anticorpo IgA em relação ao IgG. A sensibilidade combinada dos anticorpos foi de 61,0%. Estes dados foram obtidos com a análise de alguns pacientes com SARS-CoV-2 detectado na RT-PCR e sintomas recentes, com 24 a 72 horas de evolução. A análise de um grupo de pacientes com > 10 dias de sintomas demonstrou sensibilidade de 86,0%. Ainda assim, a sensibilidade pode ter sido subestimada, pois a maioria dos pacientes apresentava menos de 20 dias de sintomas. A especificidade, determinada em pacientes com SARS-CoV 2 não detectado na RT-PCR foi de 100% para IgG e 97,0% para IgA (resultado indeterminado apenas).

• Referência

• Não reagente: índice inferior a 0,80
• Indeterminado: índice de 0,80 a 1,09
• Reagente: índice igual ou superior a 1,10

• Nota

Um resultado não reagente para anticorpos anti-SARS-CoV-2 não exclui a COVID-19 e não deve ser utilizado isoladamente para a suspensão do isolamento domiciliar. Resultados não reagentes podem ocorrer em pacientes assintomáticos ou sintomáticos com SARS-CoV-2 detectado no exame de RT-PCR em qualquer momento durante a evolução da infecção, principalmente, mas não exclusivamente, nos primeiros 10 dias do início dos sintomas. Este exame não deve ser utilizado para avaliação de pacientes com sintomas respiratórios agudos. RT-PCR para SARS-CoV-2 e painel para vírus respiratórios são os métodos laboratoriais indicados nesse contexto. No contexto clínico-epidemiológico apropriado, a detecção de anticorpos anti-SARS-CoV-2 ou demonstração de soroconversão pode indicar contato com o vírus, mas não necessariamente infecção e/ou transmissão atual. Portanto, resultados reagentes em exames sorológicos não podem ser usados como evidência absoluta da COVID-19, devendo ser interpretado por um médico com auxílio de dados clínicos e de outros exames laboratoriais. A interpretação do resultado, como qualquer outro exame laboratorial, é de responsabilidade do médico assistente. Até o presente momento, não há comprovação de que o surgimento de anticorpos IgG após a infecção esteja associado com o desenvolvimento de imunidade e interrupção da transmissão do SARS-CoV-2. Resultados reagentes para anticorpos anti-SARS-CoV-2, com índices < 2,0, foram observados em amostras com anticorpos IgM e IgG anti-EBV, anti-CMV, anti-Dengue e anti-Mycoplasma pneumoniae, podendo indicar, assim, reação cruzada ou interferência por anticorpos heterófilos.